Quando eu peguei o DVD do filme pela primeira vez, foi meio que de impulso. Pelos posters, Ponte para Terabítia nunca havia me chamado a atenção, principalmente pela escolha dos dubladores.
Mas graças que tive essa atitude impulsiva de pegar o filme para ver, pois a história é linda, emocionante e traz uma mensagem magnífica de amizade e coragem. E quando finalmente li o livro, mesmo que em e-book, me senti ainda mais realizado pela tarde que passei conhecendo o mundo mágico de Terabítia.
Jesse Aarons, ou casualmente chamado de Jess, é um garoto tímido, que corre e desenha maravilhosamente bem. Mas na lhe era “permitido” sonhar, pois sua família não tinha lá boas condições de vida. Como o único garoto entre os cinco filhos, praticamente todas as tarefas domésticas caiam sobre ele.
Com a chegada de sua nova vizinha, Leslie Burke, filha de pais escritores, que se mudaram para fugir da rotina das grandes cidades, Jess aos poucos cria um forte laço de amizade. E para tentar esquecer os problemas de casa, da escola, Jess e Leslie inventam o seu próprio mundo: Terabítia, uma terra mágica, onde tudo poderia acontecer. Era só usar a imaginação.
“- Sabe o que é que a gente precisa? – perguntou Leslie de repente.
Do jeito que ele estava se sentindo, meio embriagado de tanto céu, não conseguia imaginar nada que precisasse na Terra.
- Precisamos de um lugar – continuou ela. – Um lugar só para nós. Um lugar tão secreto que a gente não contasse a ninguém no mundo sobre ele.” [...]
Ponte para Terabítia, antes de mais nada, foi escrito por Katherine Paterson para ajudar seu filho a superar um trauma. Este, por sinal, assinou o roteiro do filme. O livro, publicado pela primeira vez em 1977, se tornou um aclamado clássico da literatura americana.
O interessante da obra é a sensibilidade com que a história é contada, mostrando que criança tem que brincar, sonhar, idealizar. E até mesmo elas têm os seus problemas... Os adultos é que não enxergam. Toda a fantasia liberta-se pelo que chamamos de imaginação. Por meio dela nos é permitido viajar e explorar diversos mundos, muitas vezes sem nem saírmos do lugar. No livro, tanto os personagens, quanto o leitor, precisam saber usá-la para que a trama tenha sentido.
Leslie Burke, na escola, era tachada com estranha pelo modo como se vestia, pelo seu interesse nas corridas, por não ter tevê em casa... Mas é ela quem impulsiona Jess a ver a vida como ele nunca viu antes. Vi nela muita sabedoria, companheirismo e atitude.
Um personagem cativante é a pequena May Belle, uma das irmãs de Jess. Era a mais ligada ao irmão, aquele tipo de criança que sabe das coisas mas sem saber, entendem?
Agora, fazendo um paralelo entre livro e longa-metragem, notei algumas mudanças, mas acho que o filme cumpriu seu objetivo. Óbvio que ler o livro é cem por cento melhor!
Ponte para Terabítia é simplesmente demais. Mesmo sendo considerado um livro infantojuvenil, a leitura é para todas as idades.
Publicado originalmente aqui.
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