segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Super 8, de Spielberg e J.J. Abrams



Na última sexta-feira estreou nos cinemas brasileiros Super 8, uma ficção científica que conta a história de um grupo de amigos que está filmando um curta-metragem com uma câmera super 8 quando presenciam um descarrilamento de um trem que é investigado pelo exército americano. A partir daí, coisas estranhas começam a ocorrer em Lillian, a cidadezinha pacata de Ohio em que se deu o acidente.

O filme, ambientado no final da década de 70, tem o selo de produção de Steven Spielberg e J.J Abrams. Aliás, foi selado, registrado e carimbado com a marca dos dois cineastas. Spielberg não precisa de introdução, responsável por nomes como E.T, o extra-terrestre, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, e mais recentemente pela série Falling Skies, da TNT (veja aqui a resenha da série). J.J. Abrams é conhecido pela direção de Missão Impossível 3, além da criação e produção das séries Alias e Lost. É possível perceber a presença deles no filme de forma clara.

Em muitos momentos do filme é possível lembrar de E.T, o extra-terrestre, principalmente quando o grupo de amigos se une para contra o exército. Até a aparência de um elemento importante do filme (olha o meu cuidado em não dar spoiler) é livremente inspirado - leia-se quase cópia - na série Falling Skies. Mas J.J. Abrams também deixa sua marca. Diversas vezes parece que a fumaça-monstro de Lost vai aparecer a qualquer instante, sem contar o acidente do trem, que lembra a famosa queda do avião na ilha.

Os personagens principais do filme foram interpretados por dois adolescentes, Joel Courtney e Ellen Fanning. Coutney, que é um estreante no Cinema, faz o papel de Joe Lamb, filho do delegado, que acaba de perder a mãe. Fanning, que atuou em O Curioso Caso de Benjamin Button, interpreta Alice Dainard, uma garota que sofre com a bebedeira do pai.

É interessante que no filme, os adolescentes querem produzir um curta-metragem sobre zumbis e em determinado momento o "diretor" do curta diz que é necessário mudar o roteiro, acrescentar uma esposa para que o curta tenha uma história, mesmo sendo um filme com zumbis. Na verdade, ele tentava explicar a necessidade de acrescentar um toque humano a um filme de terror. E é exatamente o que foi feito em Super 8, mas na verdade o drama humano é mais interessante do que a ficção científica.