quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Justified, uma série para homens com H maiúsculo! E algumas mulheres também!

Chamaram a minha atenção ao fato de que eu tenho um gosto peculiar, não muito feminino, na verdade, me disseram que eu sou a única mulher que gosta de coisas feitas para homens, e  não, não estavam falando de filmes pornôs (eca). Meu interlocutor estava se referindo à trilogia O Poderoso Chefão, depois que eu disse a ele como gostava dos filmes e como eu era apaixonada no Michael Corleone. Fiquei com isso grudado na cabeça, e percebi que realmente tenho me interessado ao longo do tempo por temas mais masculinos.

A verdade é que gosto sim de coisas femininas, mas no mundo de hoje o romance está perdendo lugar, e mais do que isso, o que me atrai nessa temática voltada ao universo masculino é que os homens resolvem os problemas com as próprias mãos. Ah, alguém está fazendo o que é não é correto? Toma um tiro! Pronto, parou de machucar o próximo. Simples assim. Essa necessidade de vingança, de retribuição, é parte da complexidade do ser humano, mas é mais percebida no homem, ou pelo menos fomos moldados a acreditar nisso, já que o mundo tem muito mais mulheres e seria um perigo as mulheres saírem por aí com esse desejo de vingança.

Confesso que entre minhas séries preferidas muitas se enquadram na categoria "produto desenvolvido para homens", não somente as com cenas violentas, mas também as de ficção científica, que reconhecidamente são apreciadas mais por homens. Já falei de muitas aqui como Dexter, Person of Interest, Falling Skies, Alphas, Haven, Terra Nova, Homeland, Wilfred e Game of Thrones. Uma que com certeza está faltando nessa lista é Justified.

Vídeo dublado, trailler do canal Space

Para quem sabe inglês

Justified é uma série do canal pago americano FX, que conta a história de Raylan Givens, um policial federal, U.S. Marshall, a divisão da polícia americana que cuida de fugitivos da polícia e do programa de proteção à testemunha, que mora no Kentucky. Raylan é um tipo diferente de policial, com suas botas e chapéu de cowboy em pleno século XXI. A série ganha esse nome por causa do primeiro episódio, quando Raylan encontra um criminoso e diz que ele tem trinta segundos para se levantar e sair da cidade. O criminoso não atende o "pedido" de Givens e ganha um tiro. Ao ser perguntado sobre o incidente, Raylan responde  "was justified", que significa foi justificado.

Como penalidade, ele é transferido de Miami para Harlan, no Kentucky, onde encontra velhos amigos que se tornaram o tipo de gente que o u.s. marshall deve prender, como Boyd Crowder, além de seu próprio pai, Arlo Givens. A série é maravilhosa, cheia de tiros, mortes e relacionamentos conflituosos. Um dos meus diálogos preferidos é quando Raylan visita Boyd na prisão e diz: "Boyd, eu queria saber o que você acha de um homem que engravidou a ex-esposa e está pensando em casar com ela de novo". Boyd responde: "Raylan, você não pode estar querendo aprovação de um homem que é apaixonado e mora com a  viúva do  irmão, que só morreu porque ela o  matou".

As performances de Timothy Olyphant como Raylan Givens e de Walton Goggins como Boyd Crowder estão impagáveis. Olyphant é conhecido pelo seu papel de terrorista cibernético em Duro de Matar 4.0 e também como o guardião do número 4 em Eu Sou o Número Quatro. Goggins é lembrado como Shane Vendrell, o policial da equipe corrupta de Vic Mackey em The Shield. O show conta ainda com a  presença de Jeremy Davies, o Daniel Faraday de Lost, como Dickie Bennet, traficante de drogas. 

A cada temporada a série recebe novos atores, geralmente para papéis criminosos, escolhidos a dedo para fazer frente à figura carismática de Olyphant e Goggins. O show está na terceira temporada nos Estados Unidos, e dessa vez o vilão é Neal McDonough, o Dum Dum Dugan de Capitão América. No Brasil a série é veiculada pelo canal pago Space. Justified fica ali, no limite entre o certo e o errado, o preto e branco, muitas vezes transformado em cinza.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Saudades de O Senhor dos Anéis

Estou na maior correria pois inventei de prestar concurso e cada dia que passa está mais próxima a prova, então o tempo vai ficando curto e a gente vai deixando de fazer o que gosta, como atualizar o blog. Mais de 30 episódios de séries acumulados, pedindo a minha atenção. Fiz até a loucura de dar o meu O Festim dos Corvos para o meu irmão, com a promessa de que ele vai me dar um depois da minha prova. Incluo aqui minha tristeza de estar em débito com o @Jonathan_HGF pois não escrevo no No Mundo de Alguém já tem uns dois meses e também com a @morenalilica que me mandou um meme muito fofo e eu adoraria continuar a brincadeira, mas tempo para mim é artigo de luxo. Pensando em virar cliente do Unibanco para ver se consigo um dia de 30 horas.

Mas, parando de me lamentar, e indo ao que interessa, ontem tive aqueles momentos Renato Russo-Cazuza-Zeca Baleiro, em que a mistura de "saudade de tudo que eu ainda não vi" encontra "eu vou pagar a conta do analista pra nunca mais ter que saber quem eu sou" e se junta com o "braço da Vênus de Milo acenando tchau", e isso só foi possível porque eu assisti um vídeo péssimo, com umas imagenzinhas toscas, mas que tocava May it be, da Enya, e meu coração quase parou de bater de saudade de O Senhor dos Anéis.


Depois do estrondoso sucesso de As Crônicas de Gelo e Fogo, O Senhor dos Anéis está sendo revisitado, mas a maioria das pessoas está interessada em comparações entre as obras, e aqui me incluo em quem já fez isso, mas a verdade é que as obras são diferentes. Enquanto o primeiro é muito mais focado nos dramas pessoais e os aspectos mágicos só estão ali como pano de fundo, nesse último temos a magia como condão da história nos três livros/filmes. Mais importante do que a comparação entre essas duas obras-primas da literatura fantástica, é abraçá-las pela genialidade de sesu criadores. E ontem eu fui invadida pelas sensações que senti quando li O Senhor dos Anéis.
Ah, pobre Smeagol, vítima da cobiça do Um anel, se transformando no pobre Gollum. Abençoado Sam, que nunca abandonou o melhor amigo Frodo, ao ponto de não ter ficado hipnotizado pela magia do anel maldito. Saudade de cada um dos personagens, Arwen, Legolas, Éowyn, Gandalf, Frodo, Sam e Aragorn, Aragorn, Aragorn, Aragorn, Aragorn, Aragorn.
Eu me lembro exatamente de como chorei quando Frodo foi embora no navio com os elfos e deixou Sam e a Rosinha para trás, porque todos os que carregaram o Um Anel deveriam ir embora para o mar, e em como fiquei zangada por o filme não ter mostrado isso. Poderia ficar aqui relembrando cada coisa maravilhosa, mas como disse no início, tempo escasso, então deixo aqui minha promessa: passada a prova, lerei novamente o livro, assistirei a trilogia e aprenderei a língua élfica kkkkkkk