segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Wilfred, uma série para adultos.



Baseada em uma série australiana de mesmo nome, Wilfred é uma dramédia que passa no canal americano FX. Estrelada por Elijah Wood, o eterno Frodo de Senhor dos Anéis, Wilfred conta a história de Ryan, um advogado depressivo que não encontra sentido na vida. Depois de uma tentativa frustrada de suicídio, Ryan faz amizade com sua vizinha Jenna, que pede a ele para tomar conta de seu cachorro, Wilfred. Enquanto todo o restante do planeta vê Wilfred exatamente como ele é, Ryan o vê como um homem fantasiado de cachorro, interpretado por Jason Gann, o criador da série.

A série é genial, é como se Wilfred fosse a personificação do Id de Ryan, tentando libertá-lo das amarras que  Ryan colocou em si mesmo. O cachorro tenta ensinar Ryan a se defender, a fazer o que gosta e a falar o que pensa, mas muitas vezes Wilfred mais parece um Grilo Falante maligno, instigando Ryan a fazer coisas erradas, como se não possuísse um filtro moral.

Cada episódio versa sobre um tema específico, como felicidade, orgulho, ira, consciência ou isolamento e traz alguma citação ou provérbio sobre o assunto, como por exemplo o episódio sobre compaixão, que mostra o relacionamento de Ryan e sua mãe, interpretada por Mary Steenburgen. O episódio começa com a citação de Anne McCaffrey: "Não faça julgamentos enquanto não tiver compaixão"

Wilfred é uma série para adultos. Lembra bastante o humor britânico, que não é exatamente um material para adolescentes. Não é aquela série de riso fácil, mas é uma comédia inteligente. Claro que estão presentes os elementos de risadas gratuitas como o sexo entre Wilfred e os animais de pelúcia, mas não é sacada da série, e sim o relacionamento entre Ryan e Wilfred, e como muitas vezes o cachorro mais parece o capetinha dos desenhos Disney que sempre instigam o Pato Donald a fazer o que é errado, mas diferente dos desenhos, Ryan consegue o equilíbrio, mostrando que, no final das contas, ser adulto é isso: ceder a alguns impulsos e desejos como comprar aquele videogame super caro, mas na maioria das vezes, controlá-los para um bem maior.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Transformers 3, o lado oculto da lua



Transformers - O lado oculto da lua, é o terceiro de uma série de filmes baseados no desenho animado da década de 80, de mesmo nome, que mostra alienígenas advindos de um planeta destruído, Cibertron. Os alienígenas são compostos de metal  e são divididos em Autobots, os mocinhos, e Decepticons, os vilões. Os Autobots possuem a habilidade de copiar o design de máquinas, geralmente carros e motos. Já os Decepticons simulam, além de carros, outras máquinas, como jatos, helicópteros e até impressoras multifuncionais. 

A história do terceiro filme gira em torno de uma nave de Cibertron que está no lado oculto da lua e que era pilotada pelo então líder dos Autobots, Sentinel Prime. Os Autobots tentam recuperá-la com a ajuda do exército americano já que os os Autobots estão cooperando com o governo dos Estados Unidos na solução de conflitos existentes na Terra. Enquanto a opinião da população se divide sobre a permanência dos aliens no nosso planeta, Sam, vivido por Shia LaBeouf, longe de Bumblebee, tenta encontrar um emprego e mora com a namorada, Carly, interpretada por Rosie Huntington-Whiteley.

Diferente dos outros dois filmes anteriores, não temos a presença de Megan Fox, e temos um humano que também interpreta um vilão, o magnata Dylan, interpretado por Patrick Dempsey, conhecido principalmente pelo seu papel de Derek Shepard, o McDreamy de Grey's Anatomy. 

Dirigido por Michael Bay - e isso significa explosões o tempo todo - o filme agrada aos fãs do gênero, principalmente os apaixonados por Transformers. Não há como existir grandes interpretações em filmes desse estilo, mas é sempre um prazer ver John Tuturro como o ex-agente Simmons. Também surpreende a presença de Frances McDormand e John Malkovich, mas o grande personagem do filme é mesmo a figura do Optimus Prime.

A presença do líder dos Autobots exala tudo que é bom, correto e decente. É emocionante quando Optimus diz que escolheu a Terra como lar e irá defendê-la de seus inimigos. Se fosse interpretado por um homem, diria que o único com qualidades para o papel seria Tom Hanks. Nerdice à parte, faço parte daqueles que adorariam ver um Transformers 4. E sim, com o Shia LaBeouf de novo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

The Lying Game, a prima de Pretty Little Liars



The Lying Game é uma produção da ABC Family, baseada na série de livros do mesmo nome, escritos por Sara Shepard, a mesma autora dos livros da série Pretty Little Liars, que também foram adaptados para a TV em forma de seriado pelo canal pago ABC Family. O show conta a história de Emma Becker, uma adolescente órfã com problemas no lar adotivo até ser encontrada por sua irmã gêmea, Sutton Mercer, que foi adotada ainda bebê por uma família rica. 

Sutton tenta descobrir quem são seus pais biológicos e oferece a Emma a oportunidade de trocar de lugar por dois dias, enquanto ela investiga uma pista sobre os pais. Emma aceita e finge ser Sutton, mas quando aparece no lugar marcado para fazer a nova troca, a irmã não aparece. Agora Emma precisa descobrir o que aconteceu com a irmã enquanto continua a agir como se fosse ela.

O clima de segredos entre a comunidade lembra bastante os segredos de Rosewood. Emma, ao viver como Sutton, conhece o luxo e os segredos da irmã gêmea, como o romance secreto da irmã. Um dos mistérios que se desenvolverá é a relação entre Sutton e Thayer, irmão da melhor amiga de Sutton, Mads. Outro possível mistério é o fim da amizade entre os pais de Sutton e a mãe de Char, outra grande amiga de Sutton.

A série não possui nomes conhecidos. Alexandra Chando interpreta as gêmeas e Blair Redford, que recentemente interpretou Ty em Switched at birth, faz o papel de Ethan, o namorado de Sutton. Os fã de Pretty Little Liars podem sentir falta do suspense no início, mas a série irá, aos poucos, acrescentando os elementos que fizeram os livros de Sara Shepard um sucesso editorial. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Super 8, de Spielberg e J.J. Abrams



Na última sexta-feira estreou nos cinemas brasileiros Super 8, uma ficção científica que conta a história de um grupo de amigos que está filmando um curta-metragem com uma câmera super 8 quando presenciam um descarrilamento de um trem que é investigado pelo exército americano. A partir daí, coisas estranhas começam a ocorrer em Lillian, a cidadezinha pacata de Ohio em que se deu o acidente.

O filme, ambientado no final da década de 70, tem o selo de produção de Steven Spielberg e J.J Abrams. Aliás, foi selado, registrado e carimbado com a marca dos dois cineastas. Spielberg não precisa de introdução, responsável por nomes como E.T, o extra-terrestre, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, e mais recentemente pela série Falling Skies, da TNT (veja aqui a resenha da série). J.J. Abrams é conhecido pela direção de Missão Impossível 3, além da criação e produção das séries Alias e Lost. É possível perceber a presença deles no filme de forma clara.

Em muitos momentos do filme é possível lembrar de E.T, o extra-terrestre, principalmente quando o grupo de amigos se une para contra o exército. Até a aparência de um elemento importante do filme (olha o meu cuidado em não dar spoiler) é livremente inspirado - leia-se quase cópia - na série Falling Skies. Mas J.J. Abrams também deixa sua marca. Diversas vezes parece que a fumaça-monstro de Lost vai aparecer a qualquer instante, sem contar o acidente do trem, que lembra a famosa queda do avião na ilha.

Os personagens principais do filme foram interpretados por dois adolescentes, Joel Courtney e Ellen Fanning. Coutney, que é um estreante no Cinema, faz o papel de Joe Lamb, filho do delegado, que acaba de perder a mãe. Fanning, que atuou em O Curioso Caso de Benjamin Button, interpreta Alice Dainard, uma garota que sofre com a bebedeira do pai.

É interessante que no filme, os adolescentes querem produzir um curta-metragem sobre zumbis e em determinado momento o "diretor" do curta diz que é necessário mudar o roteiro, acrescentar uma esposa para que o curta tenha uma história, mesmo sendo um filme com zumbis. Na verdade, ele tentava explicar a necessidade de acrescentar um toque humano a um filme de terror. E é exatamente o que foi feito em Super 8, mas na verdade o drama humano é mais interessante do que a ficção científica.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pretty Little Liars

Comecei a assistir Pretty Little Liars por pura falta do que ver, já que tinha visto todos os episódios das séries que acompanho (hoje são mais de 50) e todos os filmes que estava interessada na época. Quando resolvi, o seriado já estava no final da primeira temporada, e pensei que não faria mal assistir ao primeiro episódio. Se gostasse, poderia ver os demais e achava mesmo que não ia gostar, tinha uma cara muito teen. O que eu não sabia é que gostava tanto de histórias adolescentes.


Pretty Little Liars é baseado em uma série de livros de mesmo nome da escritora Sara Shepard (veja a resenha de Maldosas, o primeiro livro, em http://nomundodealguem.blogspot.com). A história gira em torno de quatro amigas, Hannah, Aria, Spencer e Emily, que perdem a melhor amiga, Alison, e começam a sofrer ameaças de alguém que se intitula A. As garotas começam a receber emails e mensagens de texto de A, ameaçando sempre expor algum segredo delas. E o que não falta para essas quatro amigas são segredos, em particular sobre Jenna, uma garota da cidade delas, Rosewood. Aliás, a cidade é repleta de segredos e mistérios, mas o maior de todos é: quem matou Alison DiLaurentis?

Além da morte de Alison, outro grande mistério é descobrir quem é A e porque odeia tanto as quatro amigas. Todo mundo é suspeito e nesse drama não há uma única pessoa inocente, todos em Rosewood fizeram algo que não seja ético ou correto. Pais, mães, irmãos, vizinhos, cada um tem um segredo que corre o risco de ser revelado. Além de A, cada uma das garotas tem outros assuntos para lidar como o romance secreto de Aria, os problemas financeiros de Hannah e sua mãe, a relação conflituosa de Spencer e sua irmã e a homossexualidade de Emily, e tentam conciliar suas vidas com a necessidade de descobrir os dois grandes mistérios que rondam Rosewood.

Pretty Little Liars é uma série produzida pelo canal ABC Family e já está em sua segunda temporada. No Brasil, a primeira temporada do seriado é transmitida pelo canal pago Boomerang. Apesar da série ser voltada para o público adolescente, o mistério que envolve Rosewood e seus habitantes é cativante e interessante. Acompanhe Aria, Emily, Hannah e Spencer em suas venturas e desventuras e saboreie um suspense light, mas ainda assim um bom suspense.



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Thor, o Deus do Trovão.

Fiz o inverso da maioria. Assisti primeiro Capitão América e só depois vi Thor e confesso que o filme foi uma caixinha de boas surpresas. Primeiro, achei muito, mas muito melhor que Capitão América. Segundo, o elenco conta com o grande Anthony Hopkins, e isso já diz bastante de um filme (desafio qualquer um a dizer o nome de um filme ruim com o Anthony Hopkins). E terceiro, mas não menos importante, o filme é dirigido por Kenneth Branagh, um gênio irlandês que dirigiu o excelente Hamlet e atuou em diversas produções como Operação Valquíria e Harry Potter e a Câmara Secreta, nesse último fazendo o papel do professor idiota Gilderoy Lockhart.


Branagh deu ao filme o equilíbio certo entre a seriedade de Asgard e o humor de Midgard (a Terra). Asgard, o lar de Thor, é onde podemos ver os melhores efeitos especiais do filme, e aqui faço o destaque da Ponte do Arco-íris e seu guardião, Heimdall, interpretado por Idris Elba. Na Terra acompanhamos as situações cômicas do Deus do Trovão como mortal, auxiliado por Jane, uma atrapalhada astrofísica vivida por Natalie Portman, de Cisne Negro e V de Vingança.

Contamos com o Agente Coulson, personagem que conhecemos desde Homem de Ferro, que tenta descobrir o que é o Mjolnir, o martelo mágico de Thor. O Agente Coulson, vivido por Clark Gregg, o engraçadíssimo Richard de The New Adventures of old Christine, tem aparecido sistematicamente nos filmes da Marvel, seja na história ou em trailers de outros filmes futuros. O veremos novamente em Os Vingadores.

Chris Hemsworth faz o papel do Deus do Trovão e sua interpretação de Thor, apesar de não ter se saído mal, foi ofuscada pelo seu porte físico. Tom Hiddleston interpreta Loki, o irmão manipulador de Thor, que é um personagem que poderia ter sido melhor explorado. Os dois não fizeram grandes interpretações, mas também não estragaram o filme.

Como em todas as produções Marvel, em Thor também temos o trailer no final dos créditos referente a próximos filmes lançados. Nesse caso vimos um pedacinho de Os Vingadores, com Samuel L. Jackson como Nick Fury. Estou muito ansiosa para ver Os Vingadores, mas prevejo muitos personagens ofuscados pelas interpretações de Jackson e de Robert Downey Jr., que faz Tony Stark.

sábado, 6 de agosto de 2011

Shameless, mais uma grande atração do Showtime.

Shameless é, provavelmente, o show mais incomum e politicamente incorreto que já assisti. A série é um misto de comédia e drama e conta a história dos Gallagher, uma família que mora em um bairro pobre de Chicago. O pai, Frank Gallagher, interpretado magistralmente por William H. Macy, é um bêbado que vive desempregado e consegue dinheiro fraudando a Previdência Social. Pai de seis filhos, ele é o que mais precisa de atenção e cuidado. 


A rocha da família é Fiona, a filha mais velha, que toma conta dos irmãos menores, já que a mãe os abandonou. Depois temos Lip, um gênio que descola grana fazendo testes para outros alunos. Ian, o irmão do meio, é um homossexual ainda no armário que tem um caso com o patrão mulçumano. Debbie é uma pré-adolescente que se sente sozinha e a única que aceita os defeitos do pai. Carl é uma criança com forte tendência à violência e por último Liam, o bebê que difere de todos os outros por ser negro.

Diferente de outras séries que se concentram apenas em desenvolver os personagens principais, o elenco de apoio de Shameless é tão estranho é formidável como os Gallagher. Steve é um ladrão de carros que se apaixona por Fiona e começa a fazer parte da rotina da família. Karen é amiga de Lip e sofre com o pai puritano e a mãe agorafóbica. Sheila, mãe de Karen, é interpretada pela hilária Joan Cusack que fez a diretora certinha de Escola de Rock. Ela, apesar da doença, está sempre sorridente e alto-astral. Finalmente o casal Veronica e Kevin, vizinhos dos Gallagher, que praticamente passam o tempo juntos fazendo sexo.

A segunda temporada estréia em janeiro de 2012. A série, baseada no seriado britânico, faz jus ao nome. Os personagens não possuem vergonha, fazem o que é preciso para sobreviver. Roubo e mentira fazem parte da vida desses moradores, mas ainda assim eles encontram motivos para continuar em frente, sempre com alegria estampada no rosto. Shameless vai fazer você se apaixonar pelas pessoas mais desavergonhadas da história da televisão.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Alphas, a nova atração do SyFy

Os órfãos de Heroes tem uma nova chance de se encontrar com o novo show do SyFy. Alphas, que estreou em julho, conta a história de um grupo de pessoas que possuem habilidades que os fazem diferentes dos outros. Bill, um agente do FBI, possui super força. Gary é um jovem autista que consegue visualizar qualquer onda eletromagnética, tranformando-se em um grande receptor de áudio e vídeo, recebendo dados de qualquer telefone, câmera de rua e afins. Nina possui a habilidade de colocar pensamentos nas pessoas, forçando-as a fazer o que ela deseja. Rachel é uma persa que consegue intensificar qualquer um dos  cinco sentidos a ponto de seguir rastros, cheiros e trajetórias. Por fim, Cameron tem equilíbrio e mira supernaturais.


Esse grupo, que lembra bastante os mutantes X-men, busca encontrar outras pessoas com dons similares e determinar se são ou não uma ameaça à sociedade. Se sim, são internados em uma instituição criada para lidar com os poratadores de habilidades incomuns. Essas pessoas agraciadas com essas habilidades foram chamadas de Alphas. Assim como em Heroes, em que os super humanos contavam com Mohinder para guiá-los a respeito de seus poderes, em Alphas temos o Dr. Rosen, um psiquiatra que lidera o time e é ele quem determina quem vai ou não para a instituição.

Apesar do Dr. Rosen liderar os Alphas, eles são subordinados ao governo americano, e não existem oficialmente. Isso tem incomodado o psiquiatra, que percebe medo e preconceito vindo daqueles que são responsáveis pela instituição criada para lidar com os Alphas.

O show não conta com um grande elenco, os mais conhecidos do público são David Strathairn, que interpreta o Dr. Lee Rosen e trabalhou em O Ultimato Bourne, e Mahershalalhashbaz Ali, que faz o papel de Nathan Cley e fez as séries Crossing Jordan e The 4400. Mesmo com o elenco desconhecido para o grande público, Alphas está mantendo uma boa audiência, em torno de 2,5 milhões de telespectadores, o que pode ser tomado como uma excelente média, considerando que o canal SyFy é um canal pago da tv americana e que seu público é bem seleto, pois como o próprio nome do canal demonstra, é um veículo especialista em produções de ficção científica.

O episódio 03 da 1ª temporada, Anger Management ("Gerenciamento de raiva", rápida tradução), foi o melhor até agora e deve ser a partir dele que a trama se desenvolveráAlphas é aposta certa para quem gosta do gênero ficção, e para quem é fã de quadrinhos, especialmente os X-men, da Marvel. Os nerds de plantão, me incluindo na categoria, tem mais uma série de ficção digna de atenção.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Homem-Aranha Noir, da Marvel.

Homem-Aranha Noir é uma minissérie com quatro edições que recentemente foram compiladas em um único livro. A ilustração ficou a cargo do italiano Carmine Di Giandomenico, que já ilustrou personagens como Conan, Demolidor e a revista Magneto - Testemunho (a qual estou desesperada para ler). O roteiro é de Fabrice Sapolsky e David Hine. Hine é um roteirista inglês que já escreveu para revistas como X-men e Spawn.


Noir é uma palavra francesa que significa preto ou negro e a expressão é utilizada para descrever ficções de gênero policial ou suspense, que retratam o mundo de forma cínica. São originárias da década de 30, quando o mundo estava sofrendo a crise iniciada com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929.

O quadrinho se passa em Nova York, em 1933. Tia May é uma ativista política que luta em prol dos desfavorecidos e discursa nas  localidades pobres da cidade. Peter Parker a acompanha e lá ela é assediada pelos asseclas de Norman Osborn. Em sua defesa surge Ben Ulrich, que fica admirado com o idealismo de Peter. Sem dar mais detalhes para não estragar a surpresa, Homem-Aranha Noir é ao mesmo tempo diferente e fiel às histórias do "amigão da vizinhança".

Estão presentes nessa história muitos dos personagens que acompanham o Aranha: Tia May, Ben Ulrich, Norman Osborn, a Gata Negra, o Abutre, Kraven e J. Jonah Jameson. A história é crua, sem a alegria e otimismo que são características do nosso herói. As cores escolhidas retratam a trama, sem vida, tudo cinza, preto e marrom. Os personagens que conhecemos nos mostram outras faces, como se na época ninguém pudesse se dar ao luxo de manter o caráter. Os que são reconhecidamente maus se mostram ainda piores. Mas ainda assim sempre podemos contar com Tia May e Peter Parker com a definição de certo e errado, sem enxergar o mundo em tons de cinza.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Capitão América, o primeiro Vingador

Capitão América nunca foi meu herói favorito do Universo Marvel. Primeiro, porque representa uma propaganda dos Estados Unidos. Segundo, porque a maioria das histórias se passam na Segunda Guerra, e a grande maioria contra o Caveira Vermelha, e eu preferia sempre as histórias humanas do Homem-Aranha e Demolidor ou o charme dos X-men. O famoso herói americano só me chamava a atenção quando fazia parte dos Vingadores, e quando aparecia nas histórias do Aranha. Uma em especial, que eu amo, é Carnificina Total, em que a cidade de Nova York está um completo caos e as pessoas ficam praticamente loucas, atacando violentamente os outros. O Homem-Aranha pede auxílio ao Capitão América e algumas pessoas voltam ao normal só de olhar para ele, como se ele representasse o bem absoluto.


Para quem não é familiarizado com quadrinhos, Capitão América conta a história de Steve Rogers, um rapaz franzino que deseja lutar na 2ª Guerra Mundial e recebe sua chance ao ser selecionado para uma divisão do exército americano que desenvolve pesquisa científicas em busca de supersoldados que lutem contra os nazistas e Hitler. Ao se tornar o Capitão América, Rogers começa a lutar contra um perigo ainda maior que Hitler, Johann Schmidt, o Caveira Vermelha, líder da Hidra, uma organização de fanáticos que deseja conquistar o mundo.

Quando fui assistir ao filme, fui por curiosidade. Queria ver o filme que bateu a bilheteria de Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2, e também queria ver na telona o gostinho do que está por vir em Os Vingadores. O que eu não esperava era gostar tanto do filme. Não poderiam ter escolhido alguém melhor para interpretar o Caveira Vermelha e a escolha de Chris Evans como Steve Rogers foi acertada. Hugo Weaving, o famoso Agente Smith da trilogia Matrix, mas que eu prefiro muito mais em V de Vingança, está ótimo como o arquiinimigo do Capitão América. Chris Evans, acostumado a fazer papel de garotão, como o Tocha Humana de Quartetto fantástico e o Ryan de Celular, está bem como o idealista Steve Rogers.

Os efeitos especiais para fazerem o bombado Chris Evan parecer mirrado foram eficientes e a cena em que o Capitão América joga o escudo e TODO MUNDO no cinema desvia dele foi hilária. Só aconselho a não assistirem em um cinema da rede Arcoplex. Os óculos 3D que disponibilizaram são péssimos, muito desconfortáveis no rosto.

Apesar de ter gostado tanto do filme, o que valeu a pena mesmo foi ver o teaser de Os Vingadores. Samuel L. Jackson tem o jeitão do Nick Fury mesmo e vai ser uma delícia ver de novo Robert Downey Jr. como Tony Stark. O que foi interessante mesmo foi perceber o cinema lotado enquanto os créditos no final do filme iam passando. Como meu irmão observou muito bem, tem muito nerd no mundo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Fúria dos Reis, livro dois de As crônicas de gelo e fogo

A Fúria dos Reis é o segundo livro da saga As crônicas de gelo e fogo e continua a história sobre a guerra dos tronos iniciada no livro um. O livro não aumentou apenas em número de páginas em relação ao primeiro ( o segundo possui 656 páginas enquanto o primeiro tem 592), mas também em relação ao número de personagens. Dois importantes personagens foram introduzidos na trama, Melisandre, uma umbromante de Asshai, e Sor Davos, um vassalo de Pedra do Dragão, ambos apoiadores de Stannis como rei. Outros novos personagens são Asha (irmã de Theon), Brienne (membro da Guarda Arco-íris de Renly), Sor Dontos (um cavaleiro bêbado da corte de Joffrey) e Qhorin Meia-mão, um patrulheiro da Patrulha da Noite.


A Guerra dos Tronos era basicamente sobre homens, mas em A Fúria dos Reis a mágica começa a se tornar presente, o que acredito que vai acontecer ainda mais nos próximos volumes. Acho muito interessante que nenhum dos autoproclamados reis tenham um capítulo próprio no livro, tudo a respeito deles é sabido pelos capítulos de outros personagens. Quando é sobre Stannis, o capítulo é de Davos, quando é sobre Robb e Renly, o capítulo é de Catelyn, e quando o autor fala de Joffrey, os capítulos são de Sansa ou Tyrion. Balon Greyjoy autoproclamou-se rei das Ilhas de Ferro, mas aparece apenas nos capítulos de Theon, e o pouco que sabemos sobre o rei para lá da Muralha, Mance Rayder, lemos nos capítulos de Jon. A única pessoa que aspira a um trono e tem um capítulo com seu título é Daenarys.

Nesse segundo livro, temos quatro reis autoproclamados nos Sete reinos, Stannis, Renly, Robb e Joffrey, além de Balon Greyjoy que se intitula Rei das Ilhas de Ferro. A guerra está em todo o território e ninguém está a salvo. Navios são proibidos de partir dos portos, castros são queimados, vilas saqueadas e o povo perece. Sansa começa a parecer mais com uma Stark, mas ainda bastante iludida, enquanto Arya continua rebelde, lutando do melhor jeito que consegue. Bran faz dois novos amigos, os irmãos Meera e Jojen, de Atalaia da Água Cinzenta, que vão a Winterfell para ajudá-lo. Jon se aventura fora da Muralha, descobrindo novos perigos.

Como não sou fã de spoilers, os comentários sobre a história do livro ficam por aqui. Arya, Bran e Jon são meus personagens favoritos nos livros, mas gosto muito da Catelyn e do Tyrion da série. Nos livros o Tyrion é Lannister demais para o meu gosto e a Catelyn não é tão forte como na série. A Tormenta de Espadas, livro três de As crônicas de gelo e fogo, já pode ser comprado no site de vendas Submarino, com previsão de entrega para o início de setembro. No site está disponível o capítulo um do livro três, para quem quiser sentir um gostinho do que está por vir.

Para quem tem Facebook, sugiro um app chamado Game of Thrones Quizz, do Quizz Monster. Criado para a série da HBO, ele identifica de qual casa você seria se fosse um personagem do show, por meio de algumas perguntas. Eu, claro, seria uma Stark.